que fácil seria...

Que fácil seria se algumas perguntas não existissem.

Que fácil seria se a saudade não existe.

Que fácil seria se as pessoas fossem mais compreensivas ou se somente cuidassem da própria vida.

Nossa, seria tão mais fácil se não ligássemos pra algumas(mesmo que poucas) coisas.

Com o tempo, com experiências e reflexões, vamos nos dando conta do que importa para nossa vida e o que não passa de algo inútil; vamos percebendo que uma roupa bonita, um pijama já não fazem-se diferente de uma qualquer que te vista.

Com o tempo perdemos a vontade de desperdiçar nosso tempo com besteiras, acolhemos só aquelas inutilidades que nos fazem bem, as vezes, para não perdermos nossa essência.

Conciliamos o futebol de domingo com os estudos filosóficos da semana, o vídeo game com a redação e a vida com a rotina.

Com o tempo paramos de nos importar com coisas pequenas e passamos a nos preocupar com quem nos ama, com quem nós amamos.

Com o tempo perdemos um pouco da responsabilidade. E acho que isso seja crescer, nos desvincularmos de responsabilidades por meio de prioridade, quero dizer, colocar na balança o que mais te importa.

Com o tempo, perdemos o medo da morte, aceitamos nossa finitude. Começamos a viver por nós.

A gente se encontra como artista, como filósofo.

Mas ahhh... seria tão mais fácil se aceitassem nossa felicidade sem questioná-la.

Seria tão mais fácil se simplesmente não invejassem algo que custou para conseguirmos.

Seria tão mais fácil se entendessem que não somos os mesmos. Que o Thalles de hoje não é o Tato de quatro meses atrás.

Seria tão, mas tão mais fácil se entendessem que, por meios empíricos, nossas ideias mudaram; que este corpo sofreu modificações de fora pra dentro.

E de dentro pra fora!
Seria mais fácil se não ficassem fazendo perguntas e comentários vazios por eu ter tirado os alargadores.
Seria mais fácil se todos tivessem um mês com uma doença antes de falar dela.

Mas viver não é fácil. A vida não é fácil. Por que, se fosse, todos viveriam. 

Ropelle.